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29 de set. de 2014

El Bosco - Nirvana

A canção "Nirvana" do álbum Angelis (1995) do grupo espanhol  Elbosco:


Letra: 

Et erunt signa in sole
Et luna et stellis
Et presura gentium
Prae confusione sonitus maris

The world was in
In the beginning
In the beginning with God
And all the things were made by him
And without him wasn't anything

The world was in
In the beginning
In the beginning with Budha
And all the things were made by him
And without him wasn't anything

The glory nirvana eternal nirvana 2x

Et erunt signa in sole
Et luna et stellis
Et presura gentium
Prae confusione sonitus maris

The world was in
In the beginning
In the beginning with Allah
And all the things were made by him
And without him wasn't anything

The glory nirvana eternal nirvana 2x

Et erunt signa in sole
Et luna et stellis
Et presura gentium
Prae confusione sonitus maris

Tradução:

E sempre siga o sol, a lua e as estrelas
E aprecie gentilmente a confusão dos sons dos mares 

O mundo está no
No principio
No principio de DEUS

E todas as coisas
Foram feitas por Ele
E sem Ele, não haveria coisa alguma

O mundo está no
No principio
No principio de BUDA

E todas as coisas
Foram feitas por Ele
E sem Ele, não haveria coisa alguma

A glória, nirvana
Eterna, nirvana 2x

E sempre siga o sol, a lua e as estrelas
E aprecie gentilmente a confusão dos sons dos mares

O mundo está no
No principio
No principio de Alá

E todas as coisas
Foram feitas por Ele
E sem Ele, não haveria coisa alguma

A glória, nirvana
Eterna, nirvana 2x

E sempre siga o sol, a lua e as estrelas
E aprecie gentilmente a confusão do som dos mares

Fonte: Vagalume

28 de jul. de 2014

"Lâmpadas do coração"


"Em cada coração há uma
janela para outros corações.
Eles não estão separados,
como dois corpos.
Mas, assim como duas lâmpadas
que não estão juntas,
Sua luz se une num só feixe." 
(Jalaluddin Rumi)

17 de fev. de 2014

Sufismo: O Caminho do Amor


"Quando abro meus olhos para o mundo exterior, me sinto como uma gota de água no oceano; porém quando fecho meus olhos e olho para dentro de mim, vejo o universo inteiro como uma bolha erguendo-se no oceano do meu coração."
Hazrat Inayat Khan A Sinfonia Divina
O Sufismo ou Tasawwuf tem sido definido como o Caminho do Amor ou do Coração.  À palavra Sufi são atribuidas várias orígens, entre elas palavras que significam  "pureza" e "sabedoria". O sufi, então é alguém que descartou tudo que não pertence a sua essência mais intíma e que cultivou o jardim do coração, já que não há outro lugar para que a sabedoria cresça. Um sufi é um homem com os pés na terra e a mente no céu. 
Pudemos dizer que sufismo é uma aproximação amorosa com a realidade. É um modo de se experimentar a vida e o universo como um todo respondendo a um plano Único, de acordo com Leis Universais ou Fundamentais. É  uma escola viva ou forma de vida que busca antes de tudo fazer um chamado a Unidade de toda a existência e que cada ser humano alcance seu verdadeiro estado de plenitude e bem-estar e integre em si mesmo a transcendentalidade ou espiritualidade, é conhecer  o mais significativo e fundamental que existe em cada um de nós. Dentro do sufismo busca-se libertar o ser humano das cadeias da ignorância para que possa compreender a essência imutável do Ser.
"Conheci o bem e o mal,  o pecado e a virtude, a justiça e a  infâmia; julguei e fui julgado, passei pelo nascimento e pela morte, pela alegria e  pela dor, pelo céu e pelo inferno; e no final reconheci que estou em tudo e tudo está em mim".
Hazrat Inayat Khan
A palavra sufi implica pureza. Porém quer dizer não misturado com outro elemento,em outras palavras, aquilo que existe em seu próprio elemento puro e sem manchas. Dentro do sufismo, busca-se honrar e respeitar todas as diferenças, e buscar um mútuo entendimento, respeitando e valorizando todos os pontos de vista dos demais. Podemos dizer que é uma escola de autoconhecimento e perfeição do ser humano; um estudoda Unidade e polimento da própria personalidade para aparar suas arestas e fazer a maior obra de arte a que todo ser humano é chamado: a arte da personalidade. Não obstante todo este trabalho de polimento e limpeza do coração do sufi não é para benefício próprio, mas para que possa refletir a Luz Divina.
"A vela não está acesa para iluminar a si mesma"
Nawab Jan-Fishan Khan
Se há uma verdade central que o sufismo distingue, é a Unidade do Ser, o fato de estarmos todos integrados com o Divino. Somos Um: uma comunidade, uma ecologia, um universo, um Ser. Se é que há uma verdade digna desse nombe, é que formamos um todo com a Verdade, que não estamos separados dela. A compreensão desta verdade tem efeito no sentido de quem somos, em nossa relação com os demais e com todos os apectos da vida. O sufismo tem a ver com a compreensão da corrente de amor que corre através de toda forma de vida, com a unidade de todas as formas conhecidas e desconhecidas pela humanidade.
“Vem, vem, seja você quem for,
Não importa se você é um infiel, um idólatra,
Ou um adorador do fogo,
Vem, nossa irmandade não é um lugar de desespero,
Vem, mesmo tendo violado seu juramento cem vezes,
Vem assim mesmo.”
Jalaluddin Rumi
Para os sufis, toda a humanidade é Uma só, não existe nenhum tipo de divisão nem horizontal, nem vertical e não há diferença entre os seres. Não existem coisas diferenciadas ou separadas exceto na aparência e a um nível de superfície. Em seu núcleo, em seu nível mais fundamenta, só existe uma coisa: a Unidade, ou a Realidade Absoluta, o Um. Aquele que recebe muitos nomes e que alguns designam como Deus, Allah, o Universo, a Vida, a Informação Central do Universo, o Vazio, o Nada, o Tudo, etc. O nome que se dá a esta Realidade não tem relevância pois todos estes conceitos apontam para uma mesma e única direção. 
A prática do sufismo leva a redução do nafs (parte mais densa do ego ou falsa personalidade) a sua mínima expressão, e portanto à manifestação plena de nossa essência ou o Ser Real, o qual facilita o acesso direto a percepções reais da Verdade, que surgem na experiência pessoal de cada um. Neste caminho o ego vai se refinando, desfazendo-se de suas limitações e enaltecendo nossos talentos. Quando no sufismo se fala da redução do ego temos que entender que sem um ego não podemos interagir neste plano material. É necessário para nossa sobrevivência. O que se trata é de colocá-lo a nosso serviço e não tornar-se servo dele. 
O sufsmo é baseado na Harmonia, Beleza e Amor. Para estarmos unidos com o Um, com Deus e sua Criação, que são a mesma e indefinível coisa, nos ocupamos então de limpar nosso coração de tudo que signifique ego ou auto-engano. 
Os sufis não tem uma hierarquia distinta para o crescimento espiritual ou desenvolvimento da consciencia. Não tem dogmas nem doutrinas. Para eles o caminho se faz no mundo, entre os homens, e não há nada mais valioso do que as relações, especialmente as complexas. Não há muito mérito em ser imperturbável se a seu lado não há ninguém que perturbe. Quando vários sufis se reúnem, o mais avançado ensina sua missão, e ele sabe perfeitamente se é ou não. Os demais também. Assim, brota espontaneamente a missão do mestre, a quem se acata, se respeita, porém antes de tudo se ama porque nos mostra um ideal. Não se dá pois ao sufi a condição de mestre sem a capacidade de ensinar, e com esta vem junto a de amar, que dá ao mestre a acuidade de percepção dos sentidos físicos, extremamente afinados, e o desenvolvimento de outros sentidos superiores latentes em qualquer homem. 
Os exercícios espirituais sufis, as práticas, são de uma grande variedade e dependem sempre das condições de tempo, modo e lugar, porém ainda mais da capacidade atual do discípulo ou aprendiz e/ou seu estado de de desenvolvimento de consciencia. Podem consistir em práticas de respiração, mantras ou wazifas (falados ou cantados) danças, música e muitas vezes contos ou histórias. 

Fonte: PersonArte